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Hiperidrose

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Hiperidrose


ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA: É a sudorese excessiva. Atinge comumente as axilas, as palmas e as plantas dos pés. Embora a morfologia e função das glândulas écrinas sejam normais, parece ser uma resposta ao estímulo emocional dos centros écrinos hipotalâmicos. As glândulas apócrinas devem ser importantes na hiperhidrose axilar, as quais são precipitadas pêlo estímulo emocional e/ou térmico. Outras causas de hiperhidrose localizada incluem a granulose rubra nasi, onde se observam pápulas eritematosas com sudorese no nariz de crianças, que podem persistir no adulto deixando telangiectasias residuais, hiperhidrose perilesional, hiperhidrose gustativa (localizada nos lábios, testa e nariz, após ingestão de certos alimentos) e neuropatias periféricas. A hiperhidrose generalizada é mais frequente em doenças febris, mas pode ser observada em outras doenças sistêmicas, tais como o feocromocitoma, tireotoxicose, congestão cardíaca, diabetes mellitus. A hiperhidrose noturna tem sido classicamente associada a doença de Hodgkin, mas pode ocorrer em outras doenças crônicas. Finalmente, a hiperhidrose unilateral paroxística pode está associada com neoplasma intratorácico.

EPIDEMIOLOGIA: A hiperidrose afeta 1% a 3% da população dos EUA, mas menos da metade dos afetados discute isso com seu médico. Mais de 90% dos casos de hiperidrose são primários e mais da metade desses casos afeta a axila. Mais de um terço das pessoas com hiperidrose axilar relatam que a condição é pouco tolerável ou completamente intolerável e quase sempre interfere nas atividades diárias. Até dois terços dos pacientes relatam história familiar, sugerindo predisposição genética. Embora a prevalência entre os sexos seja aproximadamente igual, as mulheres são mais propensas a relatar hiperidrose ao seu médico.

DIAGNÓSTICO: Os critérios para o diagnóstico incluem sudorese focal, visível e excessiva por mais de seis meses sem causa aparente e pelo menos dois dos seguintes: sudorese bilateral e simétrica, comprometimento das atividades diárias, ocorrência pelo menos uma vez por semana, idade de início menor que 25 anos, sem ocorrência durante o sono e história familiar positiva.

TRATAMENTO: O tratamento da hiperhidrose pode ser local, com o uso de drogas (cloreto de alumínio, formol 2%, zircônio), iontoforese, anticolinérgicos orais, tranqüilizantes, infiltração local de toxina botulínica, e em casos extremos o tratamento cirúrgico com z-plastia ou simpatectomia transtorácica endoscópica bilateral. O uso de micro-ondas e de radiofrequência com microagulhas também é analisado como alternativa de tratamento.
O cloreto de alumínio tópico a 20% (Drysol) deve ser usado como tratamento de primeira linha na maioria dos casos de hiperidrose primária, independentemente da gravidade e localização.
A iontoforese pode ser eficaz como tratamento de primeira ou segunda linha para hiperidrose primária das palmas das mãos ou solas dos pés.
As injeções intradérmicas de toxina botulínica A (Botox) podem ser consideradas tratamentos de primeira ou segunda linha para muitos casos de hiperidrose primária envolvendo as axilas, palmas das mãos, solas dos pés ou face.
Anticolinérgicos orais são recomendados se o tratamento tópico com cloreto de alumínio, injeção de toxina botulínica A e iontoforese for ineficaz.




2018 Jun 1;97(11):729-734. Hyperhidrosis: Management Options John R McConaghy , Daniel Fosselman PMID: 30215934
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30215934/

ATUALIZAÇÃO: 01/11/22

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